Durante o verão, exercícios físicos são excelentes para fugir do sedentarismo sendo muito bom e prazeroso fazer uma caminhar ou correr na praia ou no parque. Porém, a alta temperatura ambiente torna as atividades físicas mais desgastantes, calor e exercício dependendo da intensidade de ambos e podem se tornar uma combinação perigosa para a saúde.
Quando nos exercitamos
produzimos calor que precisa ser dissipado. A regulação térmica se dá por meio de mecanismos como a sudorese, a
evaporação, a condução e a convecção. No verão, não apenas produzimos mas
também recebemos calor do meio
ambiente e isso aumenta o chamado
“estresse térmico”, que inclui uma grande perda de líquidos e eletrólitos
– minerais como sódio e potássio prejudicando o desempenho, chegando a
provocar fortes cãibras, baixa pressão arterial e até perda dos sentidos.
O
estresse pelo calor causado por fator ambiental ou pelo exercício desafiam o
sistema cardiovascular para que o fluxo sanguíneo na pele seja mais rápido
onde há tendências de acúmulo, diminuindo o retorno venoso ao coração. Para
compensar isso, o fluxo sanguíneo do fígado, rins e intestinos é desviado para
suprir os músculos, pele (onde é dissipado principalmente pela evaporação do
suor), cérebro e pulmões. Essa redução do fluxo sanguíneo para as vísceras
pode causar uma oxigenação insuficiente a esses tecidos, liberação de toxinas
bacterianas no sangue, danos teciduais causados pela geração de oxidantes e óxido
nítrico e temperaturas teciduais excessivamente altas ou choque térmico
(>41°C) (Lambert, 2004).
Se
esse calor não for dissipado, a temperatura central aumentará rapidamente. A
troca de calor, da pele para o meio-ambiente é comprometida por altas temperaturas
do ar, alta umidade, baixa movimentação do ar próximo à pele, radiação solar,
radiação provenientes das superfícies quentes (ex. rochas, solo, edifícios) e
vestimentas, incluindo roupas esportivas protetoras, tais como protetores para
ombros e capacetes (Brothers et al., 2004).
Além do mais, a
realização de exercícios em locais muito aquecidos no verão aumenta junto com a
temperatura corporal a pressão arterial, favorecendo a desidratação e
propiciando o desenvolvimento de problemas cardiovasculares e uma série de
outras doenças graves. Sendo que a intensidade das doenças
provocadas pelo calor varia de leves (externa cutâneo, síncope, cãibras) à
graves (exaustão, lesões, choque térmico ou insolação).
O risco de graves doenças provocadas pelo calor
podem ser diminuídas por meio de várias medidas, como a
aclimatação ao calor, controle dos treinos, da forma de exposição ao estresse
térmico da hidratação e descanso e a alimentação. Para atletas o acompanhamento de
Fisiologistas é condição primária para a uma boa saúde e excelente
performance nas competições.
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