sábado, 27 de outubro de 2012

RISCOS FISIOLÓGICOS DE EXERCÍCIOS NO CALOR





         Durante o verão,  exercícios físicos são excelentes para fugir do sedentarismo sendo muito bom e prazeroso fazer uma caminhar ou correr na praia ou no parque.  Porém, a alta temperatura ambiente torna as atividades físicas mais desgastantes, calor e exercício dependendo da intensidade de ambos e podem se tornar uma combinação perigosa para a saúde.
Quando nos exercitamos produzimos calor que precisa ser dissipado. A regulação térmica se dá por meio de mecanismos como a sudorese, a evaporação, a condução e a convecção. No verão, não apenas produzimos mas também recebemos calor do meio ambiente e isso aumenta o chamado  “estresse térmico”, que inclui uma grande perda de líquidos e eletrólitos – minerais como sódio e potássio prejudicando o desempenho, chegando a provocar fortes cãibras, baixa pressão arterial e até perda dos sentidos.
O estresse pelo calor causado por fator ambiental ou pelo exercício desafiam o sistema cardiovascular para que o fluxo san­guíneo na pele seja mais rápido onde há tendências de acúmulo, diminuindo o retorno venoso ao coração. Para compensar isso, o fluxo sanguíneo do fígado, rins e intestinos é desviado para suprir os músculos, pele (onde é dissipado principalmente pela evaporação do suor), cérebro e pulmões. Essa redução do fluxo san­guíneo para as vísceras pode causar uma oxigenação insuficiente a esses tecidos, liberação de toxinas bacterianas no sangue, danos teciduais causados pela geração de oxidantes e óxido nítrico e temperaturas teciduais excessivamente altas ou choque térmico (>41°C) (Lambert, 2004).
Se esse calor não for dissipado, a temperatura central aumentará rapidamente. A troca de calor, da pele para o meio-ambiente é comprometida por altas temperaturas do ar, alta umidade, baixa movimentação do ar próximo à pele, radiação solar, radiação provenientes das superfícies quentes (ex. rochas, solo, edifícios) e vestimentas, incluindo roupas esportivas protetoras, tais como protetores para ombros e capacetes (Brothers et al., 2004).
Além do mais, a realização de exercícios em locais muito aquecidos no verão aumenta junto com a temperatura corporal a pressão arterial, favorecendo a desidratação e propiciando o desenvolvimento de problemas cardiovasculares e uma série de outras doenças graves. Sendo que a intensidade das doenças provoca­das pelo calor varia de leves (ex­terna cutâneo, síncope, cãibras) à graves (exaustão, lesões, choque térmico ou insolação).
              O risco de graves doenças provo­cadas pelo calor podem ser diminuídas por meio de várias medidas, como a aclimatação ao calor, con­trole dos treinos, da forma de exposição ao estresse térmi­co da hidratação e descanso e a alimentação.  Para atletas o acompanhamento de Fisiologistas é condição primária para a uma boa saúde e excelente performance nas competições.

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