sábado, 29 de outubro de 2011

O que ocorre no organismo durante a pratica do exercício físico?


É necessário entender o mecanismo que ocorre durante a prática de exercícios físicos, pois, na medida em que compreendemos a inter-relação dos aglomerados sistemas biológicos do corpo humano, podemos entender “o motivo” da importância clínica do exercício nos dias atuais.
Primeiramente, é necessário saber que o exercício físico é um estado de desequilíbrio fisiológico. Quando a função muscular muda do estado de repouso para o exercício, as reações e demandas de energia serão diferenciadas em todos os órgãos.
O exercício impõe um estresse ao corpo, sendo que o processo de adaptação ao estresse ocorre de uma forma que o corpo altera o seu nível de funcionamento e passa a tolerar o agente estressante, sendo que as solicitações do exercício são atendidas de modo mais eficiente possível para diminuir o impacto ao organismo.
            O estresse do exercício é expresso em vários sistemas corporais, como o aumento da demanda do coração e dos pulmões para manter o conteúdo arterial de oxigênio e de dióxido de carbono.
Logo após o inicio do exercício físico, os nervos que partem do cérebro e os músculos em contração estimulam um aumento da freqüência cardíaca, do fluxo sanguineos e da pressão arterial pelo corpo, auxiliando no aumento do metabolismo energético e da remoção de metabólitos.
A resposta da freqüência cardíaca geralmente não é linear, revelando uma relação curvilínea com a intensidade do exercício, principalmente em exercícios que aumentam de forma progressiva.
Quando nos exercitamos devido os músculos se contraírem há também um aumento da temperatura corporal, liberando substâncias químicas no músculo e das células que revestem os vasos sanguíneos dentro do músculo, levando uma dilatação dos vasos e com diminuição do pH.
Há também uma grande perda do calor através da evaporação do suor da pele, podendo a chegar a mais de 2 litros por hora, em ambientes quentes ou úmidos bem como se a intensidade de exercício for alta. Para suportar a dissipação do calor, parte da água deve ser preservada e o calor redistribuído pela periferia ajudando a manter a função cardiovascular. Sendo que o exercício físico estimula o organismo a reter fluidos do sangue, oferecendo mais fluidos para a perda de calor durante uma série de exercícios.
No cérebro existem receptores sensitivos ao calor, onde o hipotálamo inicia uma estimulação nervosa com aumento de sudorese, redistribuindo mais fluxo sanguíneo para a pele auxiliando na evaporação e resfriamento do corpo.
Conforme a intensidade e a pratica de exercícios físicos provocam um determinado o aumento do volume respiratório exigido pelo organismo.
No inicio do exercício é caracterizado pelo aumento imediato de ventilação pulmonar, sendo que o sistema nervoso central e alterações adicionais do sangue, tais como: acidose e temperatura aumentada e redução das pressões parciais de sangue, são fatores que regulam este aumento, resultando em determinada respostas da ventilação.
            A demanda de oxigênio durante o exercício exige que o organismo aumente a freqüência na qual o sangue é circulado pelo organismo. A circulação sanguínea elevada no organismo desenvolve uma adaptação sensível do coração e dos vasos sanguíneos do corpo.
O exercício eleva a concentração circulante de glicose sanguínea em razão do aumento da glicogenólise hepática induzida pela adrenalina. Sendo que o exercício é caracterizado crescimento de consumo de glicose pelo músculo esquelético, sendo mantido por mais de 48 horas durante a recuperação de uma sessão de exercício.
Nos exercícios prolongados há reduções dos estoques de glicogênio hepático e muscular esquelético no corpo, podendo provocar reduções da glicose sanguínea abaixo do normal, e portanto, resultando em hipoglicemia
A regulação hormonal do metabolismo energético é dependente da intensidade e da duração do exercício físico.
As fibras musculares quando estimuladas para o exercício resultam na contração do músculo esquelético combinada de muitas unidades motoras.
Se o exercício for prolongado, impõe um grande estresse ao músculo esquelético e ao fígado. Este é necessitado a produzir mais moléculas de glicose. Pois é acompanhado por reduções de glicogênio hepático e muscular esquelético no corpo. Portanto, o fígado bem como o tecido adiposo são importantes tecidos/órgãos de suporte para as necessidades metabólicas do músculo esquelético.
Já a recuperação após o exercício pode demorar minutos ou horas, dependendo da duração da intensidade do exercício e das condições da recuperação.
Na recuperação pós-exercício ocorrem reações no músculo esquelético que repõe os estoques de energia usados durante a atividade ajudando recuperar de eventos como lesão muscular e acidose, sendo a produção e o acúmulo de lactato no músculo esquelético não está diretamente relacionado a dor e a fadiga como muitas pesquisas mensuram. O prejuízo bioquímico e fisiológico da produção de lactato é a acidose (diminuição do Ph celular) que acompanha este aumento e não a molécula de lactato.
Na recuperação rápida do exercício irá permitir que a pessoa volte a competir, sendo primordial para atletas de competição. Porém, é necessidade básica de existência permitindo humana para cumprir as atividades diárias das mais simples que seja como varer o chão, caminhar até a cozinha, bem como as mais complexas em que se destacam os esportes de rendimento.